B.F. Skinner, uma figura proeminente na psicologia comportamental, introduziu o condicionamento operante enfatizando o papel das consequências na formação do comportamento. Esta teoria se baseia na lei do efeito proposta por Edward Thorndike, que postula que comportamentos seguidos por resultados satisfatórios têm probabilidade de se repetir. Em contraste, aqueles seguidos por resultados insatisfatórios têm menos probabilidade de se repetir.
O trabalho fundamental de Edward Thorndike envolveu o estudo do aprendizado em animais, particularmente usando caixas de quebra-cabeça para investigar como os gatos aprendem a escapar. Em seus experimentos, um gato faminto foi colocado dentro de uma caixa com um pedaço de peixe do lado de fora como incentivo. Inicialmente, o gato se envolveu em vários comportamentos aleatórios, como arranhar e miar. Eventualmente, o gato acidentalmente pisou em uma alavanca que abriu a trava, permitindo que ele escapasse e alcançasse o peixe. Ao longo de testes sucessivos, o gato exibiu menos movimentos aleatórios e rapidamente aprendeu a pressionar a alavanca para abrir a porta, demonstrando um claro processo de aprendizado.
Thorndike formulou a lei do efeito com base nessas observações. Ele concluiu que comportamentos seguidos por consequências satisfatórias, como obter comida, são fortalecidos e mais propensos a serem repetidos. Por outro lado, comportamentos seguidos por resultados desagradáveis são enfraquecidos e menos propensos a ocorrer. Este princípio explica por que uma criança elogiada por fazer o dever de casa é mais inclinada a continuar esse comportamento, enquanto uma criança repreendida por desenhar nas paredes é menos propensa a repetir essa ação.
Com base na lei do efeito de Thorndike, B.F. Skinner desenvolveu a teoria do condicionamento operante, que se concentra no uso de reforço e punição para modificar o comportamento. De acordo com Skinner, o comportamento é influenciado por suas consequências, e essas consequências podem reforçar ou punir o comportamento, afetando assim a probabilidade de sua recorrência.
Na década de 1930, B.F. Skinner desenvolveu a câmara de condicionamento operante, conhecida como caixa de Skinner, para estudar o comportamento sob condições controladas. Inicialmente, pellets de comida eram entregues aleatoriamente para aclimatar o rato, após o que uma alavanca era introduzida. O rato aprendeu que pressionar a alavanca resultava em receber comida, demonstrando condicionamento operante, onde as consequências influenciam o comportamento. Para garantir a precisão, Skinner isolou a caixa e usou dispositivos mecânicos de gravação para registrar respostas e automatizar a entrega de alimentos, eliminando o erro humano. Essa inovação permitiu o estudo preciso de reforço e punição, influenciando aplicações em educação, terapia e treinamento animal ao mostrar como o comportamento pode ser moldado por meio de estratégias sistemáticas de reforço.
A teoria do condicionamento operante de B.F. Skinner, fundamentada na lei do efeito de Thorndike, fornece uma estrutura robusta para entender como o comportamento é moldado por suas consequências. Ao empregar reforço e punição de forma eficaz, comportamentos desejados podem ser promovidos e comportamentos indesejáveis podem ser reduzidos, facilitando assim a modificação do comportamento e o aprendizado.
Do Capítulo 5:
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