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3.15 : Insuficiência Respiratória Aguda V: Cuidados Colaborativos

O tratamento para insuficiência respiratória aguda varia com base em fatores como a causa subjacente, a saúde geral e a gravidade. Uma equipe de saúde colaborativa é essencial para a detecção precoce, geralmente por meio da análise dos gases no sangue arterial. Identificar a causa é o principal objetivo, com estratégias de tratamento ajustadas para incompatibilidade de ventilação/perfusão (V/Q), shunt ou comprometimento da difusão.

Garanta que os pacientes sejam monitorados continuamente quanto à sua resposta à terapia, incluindo alterações no estado respiratório, tendências nos gases do sangue arterial (do inglês arterial blood gases, ABG) e sinais de melhora clínica. Os objetivos dos cuidados respiratórios incluem manter oxigenação e ventilação adequadas e corrigir o desequilíbrio ácido-base.

Suporte Respiratório

O objetivo principal da oxigenoterapia é corrigir a hipoxemia. Administre oxigênio ao paciente usando um dispositivo apropriado, considerando sua condição geral, nível de insuficiência respiratória, capacidade de manter uma via aérea pérvia, a concentração de oxigênio fornecida pelo dispositivo e sua capacidade de respirar espontaneamente. Inicialmente, a oxigenoterapia de baixo fluxo pode ser fornecida por meio de uma cânula nasal a uma taxa de 1 a 2 L/min ou uma máscara Venturi a 24% a 28%. Ventilação mecânica com maior concentração de oxigênio pode ser necessária para pacientes que não responsivos.

Mobilização de Secreções

Várias técnicas podem ser empregadas para manejo efetivo das secreções, como posicionamento adequado, tosse eficaz, fisioterapia torácica, aspiração, umidificação, hidratação e deambulação precoce sempre que possível.

O posicionamento do paciente pode envolver sentar-se ereto, adotar uma posição de tripé, posicionamento lateral e praticar exercícios respiratórios passivos. O incentivo à tosse pode ser obtido por meio de tosse huff, aumentada ou em estágios. Técnicas de fisioterapia torácica, como percussão e vibração, podem soltar secreções que podem não ser eliminadas apenas com a tosse.

A aspiração é realizada inserindo um cateter pelo nariz ou pela boca para limpar a via aérea de secreções espessas. A umidificação adequada é essencial para evitar que as secreções sequem e para reduzir sua espessura, tornando-as mais fáceis de remover através do uso de aerossóis de solução salina estéril ou medicamentos mucolíticos administrados por nebulizadores.

A hidratação adequada é crucial para diluir as secreções e facilitar sua remoção. A ingestão adequada de líquidos de 2 a 3 L/dia ajuda a manter as membranas mucosas úmidas, promovendo a depuração ciliar adequada e auxiliando na mobilização das secreções retidas, a menos que esteja contraindicado.

Terapia Medicamentosa

A terapia medicamentosa selecionada depende da causa subjacente, mas pode incluir o seguinte:

  • Broncodilatadores facilitam a respiração relaxando os músculos pulmonares e expandindo as vias aéreas, promovendo uma função respiratória melhorada.
  • Corticosteroides são medicamentos anti-inflamatórios potentes que reduzem efetivamente a inflamação das vias aéreas.
  • Antibióticos combatem infecções bacterianas.
  • Medicamentos antivirais tratam infecções virais como a gripe.
  • Eliminação do excesso de fluido, inclusive nos pulmões, para condições como insuficiência cardíaca.
  • Sedativos e analgésicos aumentam o conforto dos pacientes em ventilação mecânica.
  • Vasopressores elevam a pressão arterial em pacientes com choque séptico, uma causa potencial de insuficiência respiratória aguda.

Suporte Nutricional

A nutrição adequada é crucial para dar suporte ao sistema imunológico, facilitar a cicatrização de feridas, preservar a massa muscular e otimizar a função muscular respiratória. Aqui estão algumas diretrizes gerais a serem consideradas:

  • Ingestão de Calorias: Pacientes com insuficiência respiratória aguda têm maiores necessidades energéticas. No entanto, é crucial encontrar um equilíbrio, pois a superalimentação pode piorar a insuficiência respiratória ao aumentar a produção de dióxido de carbono e o consumo de oxigênio. A ingestão de calorias deve ser personalizada com base no peso, idade e saúde geral do paciente.
  • Ingestão de Proteína: A ingestão suficiente de proteínas previne o perda de massa muscular e mantém a força dos músculos respiratórios em pacientes críticos.
  • Micronutrientes: Certas vitaminas e minerais, incluindo vitamina C, vitamina D, zinco e selênio, desempenham um papel significativo na função imunológica e na cicatrização de feridas.
  • Ácidos Graxos Ômega-3: Com suas propriedades anti-inflamatórias, os ácidos graxos ômega-3 têm grande potencial para proporcionar benefícios respiratórios em casos de insuficiência.

Conclusão

Uma abordagem abrangente para insuficiência respiratória aguda envolve uma combinação de suporte respiratório, terapia medicamentosa direcionada e intervenções nutricionais. Essas estratégias visam corrigir problemas subjacentes, manter oxigenação e ventilação adequadas e apoiar o bem-estar geral do paciente.

Tags

Acute Respiratory FailureTreatmentArterial Blood Gas AnalysisOxygen TherapyHypoxemiaMechanical VentilationRespiratory SupportSecretions ManagementChest PhysiotherapySuctioningHumidificationHydrationVentilation perfusion MismatchMonitoringClinical Improvement

Do Capítulo 3:

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