Endotelinas (ETs) são peptídeos vasoativos potentes, essenciais em vários processos fisiológicos e patológicos do corpo humano. Uma das estratégias terapêuticas mais promissoras para tratar hipertensão arterial pulmonar (HAP) envolve neutralizar os efeitos dessas endotelinas usando uma classe de medicamentos conhecidos como antagonistas do receptor de endotelina.
ETs são sintetizadas por meio de uma sequência complexa de etapas enzimáticas, envolvendo principalmente uma enzima chamada enzima conversora de endotelina (ECE). De particular interesse é a ECE-1, que atua como a etapa limitante da taxa de síntese de ET-1, a forma predominante de endotelina no corpo.
Após a síntese, a ET-1 interage com dois tipos de receptores — ETA e ETB. Essas interações desencadeiam respostas biológicas no corpo, incluindo vasoconstrição e vasodilatação, que podem impactar significativamente os níveis de pressão arterial e contribuir para condições como a HAP.
Atualmente, três principais antagonistas do receptor de endotelina estão disponíveis para tratar HAP: bosentana (Tracleer), macitentana (Opsumit) e ambrisentana (Letairis). Todos os três medicamentos são administrados por via oral e funcionam bloqueando as ações da ET-1 em seus receptores. Bosentana e macitentana são antagonistas não seletivos, bloqueando os receptores ETA e ETB. Essa ação dupla ajuda a aliviar os sintomas da HAP e a retardar a progressão da doença. Por outro lado, a ambrisentana inibe seletivamente o receptor ETA sozinho, fornecendo uma abordagem mais direcionada ao tratamento.
Como todos os medicamentos, os antagonistas do receptor de endotelina apresentam efeitos colaterais potenciais. Os mais comuns incluem cefaleia, edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões) e congestão nasal ou faringite. Além disso, esses medicamentos podem levar ao aumento das transaminases hepáticas, um indicador de dano hepático. Como tal, eles devem ser evitados em pacientes com doença hepática moderada a grave.
A gravidez é outra consideração crucial ao prescrever esses medicamentos. Devido ao seu potencial de causar danos aos fetos, os antagonistas da endotelina não devem ser usados durante a gravidez. Mulheres em idade fértil que recebem esses medicamentos devem ser aconselhadas a usar contraceptivos eficazes durante e após o tratamento.
Do Capítulo 20:
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